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domingo, 8 de setembro de 2013

Entrevista Tennisbra: Victor Grassani



Victor Grassani - Foto: Divulgação







Olá amigos! O entrevistado desta semana no Blog Tennisbra será o jovem carioca Victor Grassani, de 19 anos, atleta da Amil Tennis Team, no Rio de Janeiro, que busca espaço no cenário mundial tenístico.



TB - Como você começou a jogar tênis? Foi influenciado por alguém?

Comecei a jogar tênis por iniciativa própria, minha irmã jogava na época, mas não sofri influência dela. Sempre me identifiquei com os esportes, e resolvi pedir para meus pais me matricularem no tênis. Comecei aos 7 anos fazendo aulas no Clube Militar, e fui me apaixonando cada vez mais pelo esporte. Até que resolvi iniciar em competições, passei pelas estaduais, depois comecei a buscar as competições nacionais, COSAT, e em seguida os ITFs, a partir daí, optando por tentar a profissionalização.


TB - A transição do juvenil para o profissional é sempre um ponto de interrogação para os tenistas. Você está encarando como esta fase?

A transição do Juvenil para o profissional é sempre muito complicada por diversos fatores: alguns atletas demoram mais para ser adaptar ao estilo de jogo, e outros, demoram para pontuar. É uma fase onde muitos atletas acabam desistindo, não conseguem lidar bem com a pressão de não pontuar, e com isso acabam optando por uma faculdade nos Estados Unidos, uma oportunidade que o tênis também proporciona. Em relação a minha transição está sendo dura, ainda não consegui pontuar, e também venho tendo dificuldades para entrar em alguns futures, devido ao corte dos torneios no Brasil esse ano. Mas sinto que a minha vez está chegando e eu estou focado nisto.

TB - Você ficou três semanas disputando torneios futures (profissionais) em Portugal. Como foi essa experiência? O ritmo de lá é mais forte que aqui no Brasil?

Foi uma experiência muito boa, e sem dúvida todo tenista quer jogar na Europa. Foram três semanas de muito aprendizado, onde pude conviver com tenistas de todo o mundo e de diversos níveis. Acho também que os torneios na Europa são muito mais disputados, pois os países são muito próximos, facilitando os atletas a chegarem mais rápido ao local dos torneios, que faz com que o custo seja muito menor do que aqui no Brasil, onde para qualquer torneio é preciso pegar um avião, consequentemente os gastos aumentam muito. Em relação ao ritmo, lá é muito mais forte, a grande maioria dos tenistas tem bom nível e uma mentalidade diferente de nós brasileiros. Eles enxergam o tênis de outra maneira, com mais seriedade o que, na minha opinião faz com que eles tenham um melhor desempenho.


TB - Quais são suas expectativas para encarar esse forte circuito profissional?

Cada torneio que jogo amadureço mais, e começo a encarar  o circuito de forma diferente, com mais foco e melhor preparo físico e mental. Boa parte disso devo aos meus treinadores que me apoiam e incentivam no meu objetivo. Com o passar do tempo, o tênis ficou muito mais rápido, então se tem maior necessidade de estar treinando numa boa equipe, com bons profissionais para que possam te passar todos os requisitos necessários para enfrentar os torneios com sucesso. Minha expectativa é poder estar disputando mais circuitos, buscando cada vez mais experiência para pontuar, e consequentemente poder estar nos torneios maiores.

TB - Tem algum ídolo que vc se inspira nas quadras?

Gosto muito do estilo do Rafael Nadal, acho um tenista completamente focado, determinado e dedicado ao seu sucesso. Me espelho muito em todas as qualidades que ele passa. Procuro fazer o meu da melhor forma, e claro, sempre buscando melhorar me inspirando nas qualidades desses jogadores de ponta.

TB - Quais serão seus próximos desafios (torneios)?

Na semana de 16\9 estarei iniciando os futures do Brasil, começando a jogar em Caxias do Sul (RS) e terminando em Montes Claros (MG). Treino 1 semana, e depois continuo jogando a sequencia dos futures, Porto Alegre, Itajubá (MG), São Paulo e Foz do Iguaçu (PR). Com a atualização do calendário da ITF surgiram mais futures no Brasil, o que facilita esta fase de transição. Dependendo da situação política do Egito, irei encarar um gira de torneios por lá.


TB - Quem são seus patrocinadores?

Atualmente conto com uma empresa espanhola, ELECNOR, que atua no ramo de concessão de energia elétrica. Está me patrocinando através da Lei de Incentivo ao Esporte, o que sem dúvidas, nesta transição tem me ajudado muito, pois é uma fase em que é necessário viajar mais, onde os gastos ficam altos. Através desse apoio posso estar disputando mais torneios, o que aumentam as chances de pontuar, além de ganhar cada vez mais experiência. Sem apoio dificilmente um atleta se profissionaliza. Sou grato a ELECNOR pela oportunidade e confiança.


O Blog Tennisbra agradece pela entrevista e deseja sucesso e boa sorte nos próximos desafios

Wallace, quero agradecer a você e ao Tênis Brasileiro, em ajudar a divulgar o esporte e os seus desdobramentos. O apoio que você dá para nós tenistas que estamos enfrentando essa difícil missão de profissionalizar, informando os resultados, publicando matérias, e facilitando que todos os tenistas possam estar acompanhando seus resultados. Vlw!

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